Ponteiro Atrasado

terça-feira, dezembro 25




Introspecção

Um rosto que pelo olhar
dizia vamos andar
Um Agora que me fez gostar
de reconstruir e me adaptar

Soros e marcações
Selaram minhas intenções
Destroços de canções
São restos de maldiçoes

Os laços do acaso
Adoçaram a grande união
Congelou aquele "abraço"
Desmoronou com gritos de não.

Passado é foda.
HD cheio de coisas dele, também.
Hou, hou
Feliz Natal a todos.
.
"Sei que ela terminou
O que eu não comecei"
.
Legião Urbana - Ainda é Cedo

Enlou-cresça

sábado, dezembro 22



Agora pouco estava revirando uns arquivos de bloco de notas e achei um texto que guardei há meses atrás. Um tempo de um auge de felicidade, no mínimo, monumental! E ainda mais quando o texto, me encontrei em cada expressão, em cada significado e lealdade com algo tão sincero.

Engraçado que o autor de tal obra é de um cidadão que vive a fazer críticas [ciências políticas nem sempre é um bom curso], o indignado do Jornal da Globo, Arnaldo Jabor. Mas, o Jabor falando de amor? É, para você ver que nem só de xingar o sistema vive o homem ...
e nem, é claro, só de amor.

Namorado: ter ou não, é uma questão

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. difícil porque namorado de verdade é muito raro. necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, envolvimento, até paixão é fácil, mas namorado mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: Basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduiche de padaria ou drible no trabalho.

Não tem namorado quem acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinicius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhar quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'agua, show do Milton Nascimento, bosque enluarado, ruas de sonhos ou musicais da metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de o seu bem ser paquerado.

Não tem namorado quem ama sem gostar, quem gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar.

Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim-de-semana, na madrugada ou no meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações;

Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a roupa mais leve e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fadas. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.

Enlou-cresça.

Cresça ou enlouqueça.

"E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Porque nada era em vão"

Cachorro Grande - Sinceramente

O Rock Acabou

quarta-feira, dezembro 19



Esses dias estava pensando ...

Como consegui deixar cair no barril do esquecimentos de não mais masoquisar-me com algo tão real, longinguo e abstrato? Em poucas palavras, como não mais me martilizo por uma pessoa que não estar mais comigo? As vezes acho que foi por que realmente, o conto todo não foi amor. Algo que pensamos naqueles momentos em que achamos que conseguimos viver a sós. Que somos donos do nosso próprio baú da felicidade.

Mas logo algo nos lembra de que existe ainda algo naquele meio tão obscuro e insensato que são os nossos verdadeiros sentimentos. Seja por uma música, uma foto, ou uma repentina doce lembrança, tudo mostra que aquilo não foi só um devaneio-sem-graça. Mostra uma coisinha que cada vez se sente menos, pois justamente, não é procurado sentir. Sabe, a coisa carnal não deixa. Essa mesma que sentimos quando estamos com fome, com sede.

Bem, mas essa de falar coisas de amores é chato, ainda mais pra quem lê. O resumo do post vem naquele instante em que digo:
Deletei as fotos que restavam da mais delicada e exagerada lembrança. Bem, aquilo era um poço de nostalgia, nossa!

Arrepender-se de algo? jamais.
Nem do que não fiz. Talvez se não fosse desse jeito, se as coisas não tivessem andado por esse lado, não teriam sido tão sinceras e verdadeiras assim. Como ela jamais vai encontrar em outrem. Afinal, quem hoje em dia quer expor seu lado mais bruto e frágil a alguém? O mundo é hostil.

Hoje me sinto livre. Já consigo gostar, ficar com prazer, dizer coisas que quero, fazer coisas que quero. Algo que se fosse algum tempo atrás poderia até fazer, mas não com tanta vontade e desejo assim.

Mesmo assim,
aquela coisinha ainda fica. Essa mesma que se manifesta como inspiração pra um texto, para uma música, uma nova experiência, uma vontade de viver. E saber que nem tudo é para sempre. Então, eternizemos os grandes momentos.

Hehe, chega ser irrisório um guri dizer isso, mas pior é ser um canibal tosco que nunca sentiu o bom do amor.

"Eu corro contra a luz
Eu fujo sem entender
Vencer para que?
Ser e esquecer"

Moptop - O Rock Acabou

Mais Um Sábado

sábado, dezembro 15



Escrever de vez enquando faz bem. Não pego pra escrever algo a não ser musica, desde o dia da prova do PAS [maneira "mais fácil" para entrar na UnB. Na verdade é pagando para os fiscais do cespe]. Agora, escrever sobre essa tarde nebulosa de sábado é que está notoriamente não tão alegre assim. , to ouvindo Tim Maia. Pode? Aquela Azul da Cor Do Mar é uma canção feita pelo suicida mais deprimido que se possa imaginar. Acredito que depois que o gordinho a fez, deve ter cheirado uma e visto que o mundo ainda era bonito.

Bem, eu deveria, seilá, estar passeando com alguém pelo park da cidade. Ou tocando um eletro-punk com alguém. Ou poderia estar enchendo a cara com um vinho barato [5 r$!], acompanhado de qualquer ser que me tire algumas gargalhadas. Ou alguém para conversar, alguém para ouvir, alguém para falar, pra enxer o saco [uh, carencia].

Estou aqui, só vendo o tempo passar. Relembrando o que foi. Relutando o que pode ser feito,
ou não. Ouvindo coisas nostálgicas alheias. Procurando a mínima singularidade para que aquilo de alguma forma me reconforte daquele mal que somente reage nas noites longas e mal dormidas, e nos dias mal passados.

Estranho é que não estou achando ruim. Talvez, seja pelas escolhas verdadeiramente abraçadas. Escolhas que, bem, não podem ser mais reencontradas com a vontade de fazer denovo. Basta não parar em frente de um espelho de agua.
Arg, que coisa mais platônica.

Enquanto isso ...

deixa a primavera acabar.
Ela acaba.
Quem sabe, com muito calor e diversão. Ou apenas com um pouco de zoação.
Quem sabe.

"Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode outono voltar
Eu Que eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo meu amor"

Tim Maia - Primavera

A Volta, Zoando do Cascão

segunda-feira, dezembro 10



Ah, depois de passar semanas sem postar nada, nem uma gota de posts interessantes [ou não], vamos um pouco de humor mongol. Sabe, aquele que todos nós temos.

Morro de rir com isso!
^^

Aff,
que absurdo.

"Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme"

Ultraje A Rigor - Ciúmes

Sem PC

quinta-feira, novembro 29



Internet dar saudades. Fico me remoendo para escrever, teclar, mandar scraps, ouvir música, entre outras coisas que só um computador na sua casa oferece. Um computador livre, claro.
Agora utiliza-lo está cada vez mais complicado e raro.

Enjôo?
Jamais. A sede por informação é semelhante a sede de sangue dos vampiros. Ficar sem internet é o mesmo que perder o contato com o mundo aí fora. Perder o contato com o mundo é o mesmo que incorporar a minha "bendita" mamãe. Que horror!

Então porque não usa?
Bloqueio. Quarto trancado. PC BLOCKED. Estou me sentindo como os britânicos se sentiram no século XVIII, apos ordens impostas de Napoleão como forma de castigo [putz, nada a vê]. Haha, até a história prova que nada disso adianta, quando se tem a vontade de fazer o que quer. Problema é que realmente, isso trava qualquer progresso referente a um querer. Odeio lan.

Bem, queria detalhar melhor tudo e escrever coisas mais interessantes, mas ainda tenho uma rotina a seguir [apesar de desorganizada e falida]. Café, banho, procuras, escola, Alub, casa [as vezes muda]. Espero ainda encontrar a porta aberta e o modem em seu devido lugar que postarei coisas desse louco cotidiano e suas historietas.

"Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Nao sei por que nasci pra querer ajudar
a querer consertar
O que nao pode ser"

Raul Seixas - Carpinteiro do Universo

O Invasor

terça-feira, novembro 20



Agora a noite aconteceu algo no mínimo inusitado, na qual vemos o quão damos valor a nossas vidas e as alheias. Ou não.

Estava aqui no quarto dos meus pais esperando a moçada liberar o PC [é, aqui usa-se a política do espera-a-sua-vez], observando o lado de fora da janela. Quando derrepente, observo um movimento estanho do lado de fora, daqueles que você se pergunta "Ué, quem está ali fora?". Bastou os pensamentos falarem pela minha boca que houve um pasme geral e um temor estampado na cara de todos os residentes. Não costumam me dar atenção em nada, mas dessa vez todos olharam para mim e pediram para repetir e dar a certeza do que vi. Em poucos minutos estavam todos prontos para um confronto direto com o suposto invasor [seja lá se for gente que não tem o que fazer, ou um espírito bardo] com facas, chaves-de-fenda, cabos de vassoura, garrafas de vidro e a coragem forçada em não querer ser surpreendido de madrugada. Não deixando de lado a preocupação com os demais "soldados" dessa missão de defesa a propriedade privada. Nisso, o medo de algo acontecer parecia pairar no ar de uma forma funebre e angustiante. Observar foi um prazer um pouco escorrido, desalhinado, mas o suficiente pra saber que estava achando o caso bem "radial".

O que encontramos?

Um clima doce e agradável para passar horas a fiu praticando atividades ao ar livre, com direto a uma brisa agitada [quando se mora no cerrado, essas coisas são pepitas de ouro do bem-estar]. E claro, sacolas plásticas parada todos os lados. Nada mais.

E o invasor?

Bem, nada mais seria que a vontade de emoções em uma terça-feira muito louca.

[sadismo.]

Em horas como essas é que nos defrontamos com o medo de esvairir nossas vidas. Mesmo assim, arrisca-se todas as moedas nela. E seja lá o que venha, será em prol a uma superação na qual confrontamos em tantos mil casos e acasos. E nem sempre a coragem vem para defender o que temos de mais valioso: o vivo bem estar em estar vivo.

"Às vezes tenho medo
Às vezes sinto minha mão
Presa pelo ar
E quando eu olho em volta
Encontro uma multidão
Presa pelo ar.
Te dão a mão
Só pra emprurrar"

Cólera - Medo

Uma Atitude

domingo, novembro 18



Se você fizesse o que não sabe fazer sem nenhum medo do ridículo ou da opnião alheia não encontraria a essência da vida?

Boa pergunta.
Não tão boas respostas.

"As vezes, só do inferno
é que se vê o céu
Saia dos seus sapatos
e tente andar nos meus."

Plebe Rude - O Que Se Faz

Tua Liberdade

sábado, novembro 17



Essa Tua Liberdade

Fico pensando como está, se está bem.
E ouço que você está caindo de bêbada com outrens
Como ver um pedaço do meu corpo, podre,
me impressionei, cai na impressão do teu orgulho.
Orvalho impuro que grita com os piores atos obscuros
surdos para não mais me ouvir,
cego para não mais me ver assim,
caindo no chão de tristeza.
Bêbado das lágrimas que ali, naquele chão sujo,
se misturam aos vícios despejados em odisseias noturnas.
Ou em casa, fazendo escaficaçoes mal feitas.

Como me dói ainda escrever que me importo contigo
Para cada ato libertino teu, um terror invade o profundo do meu peito
Coisas que so lamento por não ser o parceiro de loucuras
ou de doçuras sinceras, ao lado da canção do vinho
Mas, quem me dera se fosse eu, duvido!

Um ultimo beijo,
um ultimo suor,
uma ultima besteira,
só me faria cair nas crendices da esperança.
Ter teu cheiro em mim, ser teu homem, tua mulher.
Quem acredita sempre alcança,
mas uma hora, cansa

...

Pena que logo descanso.


Sabe quando você não está mais nem aí para uma pessoa, quer esquece-la de vez, e do nada, te mandam uma noticia que esse alguém fez algo assim, no mínimo, puta de vulgar e ridículo.

Mas como aquela menina que podia mudar o mundo, pode se perder nos vícios inúteis de inúteis egoístas desse mundo?

Cúmulo da hipocresia e do absurdo.

Enquanto isso, bebo, fumo e fico com gurias que me lembram ela.
Pouco, mas recobre um pouco a falta.

"O que você faz
pela paz?"

Titãs - Pela Paz

Poema de nº 20

quinta-feira, novembro 15



Existem escritores que nascem com um dom exarcebido de traduzir seus sentimos ao papel, canalizados por uma caneta. Agora existem escritores que nascem com o dom e vivem para assim saber da melhor forma traduzilos, canalizando dores e desejos universais em um só conjunto: o seu, do seus casos e acasos.

Um desses grandes foi Pablo Neruda. Chileno, escritor, político, revolucionário e um verdadeiro poeta que soube espremer ao extremo seus sentimentos e pensamentos nas devidas relutâncias da vida, sem perder a finalidade em transformar o leitor espectador no grande coadijuvante da sua poesia. Esse é uma de suas obras que me fez ver o que reinou em si, eternamente será a corte de qualquer inspiração a majestosas que encontramos [ou encontraremos] no decorrer de nossas vultuosas e reluzentes vidas.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo, a noite está estrelada e tiritam azuis os astros ao longe.
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu a amei e às vezes ela também me amou,
em noites como esta eu a tive entre os meus braços,
beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela me amava, às vezes eu também a amei.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos?

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho, sentir que a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.

Que importa que o meu amor não pudesse guardá-la?
A noite está estrelada e ela não está comigo – isso é tudo.
Ao longe, alguém canta. Ao longe.

Minha alma não se contenta com tê-la perdido.
Como para aproximá-la, o meu olhar a procura,
meu coração a procura - e ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquear as mesmas árvores.

Nós os de então já não somos os mesmos.
Eu já não a amo, é verdade, mas quanto a amei.
Minha voz procurava o vento para tocar os seus ouvidos.
De outro. Será de outro. Como era antes, dos meus beijos.
Sua voz, seu corpo claro, seus olhos infinitos.

Já não a amo, é verdade. Mas, talvez a ame.
É tão curto o amor e é tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta eu a tive entre os meus braços.
E minha alma não se contenta com tê-la perdido.
Ainda que esta seja a última dor que ela me cause.
E sejam estes os últimos versos que lhe escrevo.

Aplausos.

"Anjo bom, anjo mau
Anjos existem
E são meus inimigos
E são amigos meus
E as fadas
As fadas também existem
São minhas namoradas
Me beijam pela manhã"

Cazuza - Azul e Amarelo

A Tragédia da Aquarela

segunda-feira, novembro 12




Mais um dos poemas que me deparo quando a curiosidade bate no baú das lembranças. Viver sem lembranças é trágico, mas viver por lembranças é mais trágico ainda, é auto-deteriorização.

Senhores, apresento-lhes:
A Morte do Pintor Romântico

Não sei que mistérios mais desvendar
Quero me ver livre
Desse amor que só me destrói
Não consigo nem mais desenhar.

Te dar meu amor foi o suficiente
Queria descer as escadas contigo mais contente
Te ver na porta sempre sorridente
Escrever versos para ti sempre, para me alegrar
Te ver feliz com cada palavra que tens a me mostrar.
Palavras que dizem
um belo juramento
de "Sou tua ***
e te quero eternamente".

Beijos e abraços não compunham a arte do amor
Me pinto com os pincéis roxos
e todo o nosso mundo de azul e amarelo
e azul escuro as sombras que integro.
Nesse mundo desenho só você
Por que é você que eu quero.
[Como eu te quero].

Pena, nada durou o que imaginei
Fui cego em não terminar com tudo antes.
O tempo me convenceu a não fazer
Hoje ele se esconde para não me ver.

E dos caminhos encontro os quadros que fizemos
E nas sombras azuis eu vejo
Meu peito a escorrer tinta vermelha.
Os corações que um dia desenhei
Explodiram da duvida incerta.
Mas eu acertei
Chorar a opção mais certa de tais quadros
Assim mancho tudo aquilo com o teu amor,
a tua inércia,
Morto no leito dos pintores exagerados.

Um deleito de exageros?

Então nem queira me conhecer. Um exagero de incertezas e propagador da sangue e suor humano. O Beijo da boca do luxo na boca do lixo.

"E hoje eu estou aqui
Sem ter lugar pra ficar
Escrevendo canções pra que
Você possa escutar
Com outro alguém do seu lado"

Fresno - Alguém Que Te Faz Sorrir

Dance Sobre Meus Dias

domingo, novembro 11




O cenário underground da musica sempre me atraiu muito. Me fez adorar estilos musicais que, hoje, viajo atravez das ondas sonoras da maneira mais euforia e livre que se possa imaginar. Dance Of Days, foi uma dessas bandas que achei em um site de bandas alternativas e assim comecei cada vez mais escutar, pesquisar a história, baixar seus álbuns, entre outras coisas que viciados em musica praticam.

A banda tem o som muito agradável do Pós-Punk, e sua marca como um Hardcore Melódico, com muita poesia e peso que só grandes bandas do gênero fazem. Dizem que é mais uma dessas bandas de Emocore, mas quer saber? foda-se quem acha isso. Creio com muita consciência que não dá compara-la com um Nxzero da vida. Caras não são vendidos a esse ponto.

O que faltava mesmo era ver uma performance deles em um palco, ao vivo. Desejo realizado em Junho deste ano, quando se apresentaram em um dos maiores festivais de rock de Brasília, o Porão do Rock [inesquecível!]. Mandaram muito bem. Aqueles erros perceptíveis que em um estúdio seria motivo de baquetada na cabeça do guitarrista e tapa na orelha do vocalista, convertia-se em animo e fôlego para as versões ao vivo do puro faça-você-mesmo.

Um dos grandes fatores por curtir as bandas brasileiras é a letra. Tenho que ver a magia. Se é pra ser crítica, seja realista. Se é pra ser romântica, seja poética. Se é pra ser sem conteúdo, seja comédia. Enfim, desses gêneros, a poesia reina nas musicas da banda. Nenê [vocalista e compositor] faz questão de mostrar quão apto ele estar para transmitir a essência do ser "eu não sou cantor, eu so um letrista que canta" e mandar tudo muito bem com aquele vocal único.

Quem quiser baixar algo, só clicar aqui. E os caras ainda são a favor dos downloads de seus álbuns. Isso que é ser underground!

"O primeiro a morrer.
O primeiro a escrever
versos em folhas secas
para o acaso levar.
De que me adianta anotar
frases que não vou usar?"

Dance of Days - Linda, A Dor Não É Tão Glamurosa Assim Afinal

Males Psicológicos



Estava agora pouco lendo algumas psicoses e sites sobre distúrbios psicológicos, suas causas e consequências. Como me identifiquei com muitos! Cada sintoma parecia um reflexo de males que consomem sua mente dia após dia. Os mesmos que te impedem de ser algo mais valoroso e importante em um meio que te faça sempre progredir. Nessas horas a gente até pensa em procurar um analista para uma daquelas analises freudianas, mas logo vemos a algo que se possa ser feito quando pensamentos obscuros dissecam sua mente.

Acabei entrando em fóruns do orkut sobre tais assuntos e o que me deparo é com legiões de pessoas que passam por problemas tão distintos, porem, nas quais você acaba se identificando. Todas pedindo uma ajuda, contando seus casos, problemas, lamurias e soluções que de alguma forma pode fazer a diferença.

Achei interessante foi um tópico que o próprio nome já revela sua intensão: o de um confessionário. Ali, os usuários fazem o que os católicos fevorosos [ou não] fazem em suas manhas de folga: se confessam aos padres, para assim lhe trazerem maior paz e alivio. O que me impressionou foi que boa parte deles confessavam não por coisas horríveis que fizeram, e sim coisas pestilentas que sentem. Seja se foi por consequência de um alguém, ou mesmo do mundo, muitos ali lastimavam por sua condição de pura amargura com a vida, saciando assim o desejo de um dia morrerem.

"A vida é mais perigosa que a morte", já dizia Cazuza com todo aquele deleito pra vida. Imagine a poesia de quem está no buraco de todas as decepções e amarguras. No minimo, frases macabras e solenes.

Piedade!


"Que dias há que não saiba
Que passaste, mais depressa
A que não percebesses, que foi
Tão sem porque, quanto sem saber?"

Dance Of Days - Quando o Veneno Sobe a Lança

Um Bom Yogue

quinta-feira, novembro 8



Apenas uma ginástica enquanto tira uma soneca pós-cachaça. Perceba que inconscientemente o bêbado faz uma dobra de 75º, quase o mesmo ângulo do nosso mestre yogue! Isso é fantástico! Na próxima vez que encher a cara, tentarei fazer uma manobra do tipo.

Camisa de Vênus - Eu Não Matei Joana D'arc

Dias Cinzentos, Com Cor

quarta-feira, novembro 7



Péssimos dias. Daqueles que você quer sumir e esquecer de tudo que fez e deixou de fazer em todas a circunstancias da vida. A vontade é de nascer denovo.
Prometo posts melhores. Por agora, um pequeno poema de medo e frustração.

Anunciação de uma Arte

Indas e vindas
e meu amor todo vai embora
mas nunca pedi tal coisa louca
Não deixo, mas isso me devora

E tardes e tardes
Passava olhando ao espelho
Vendo o reflexo do meu desespero
Não via nem carne, nem nada
Só minha alma acabada
Alucinada pedindo calma
Mas nunca entendi o segredo dessa calma
Enquanto isso, me destruo a cada patada
A cada corte, a cada arrancada.
Mesmo assim continuo na calada

Meus singelos 16 anos
Pareciam mentiras de 42
Meu rosto reflete o fundo de minha alma
Inglórias da caça de um coiote
Mesmo assim vivo
com meu coração pedindo "Me mate, me enforque"
Pois, é ele que me manda
Fazer o que eu não quero
Ele que me manda
Perder o orgulho que já não tenho

Pena mas não posso fazer nada
Queria mais estar doente de Aids
Do que ser esse carente em Marte
Careta em terra
Poeta de Internet
e ser contemplado como idiota
Em um quadro de arte.

Admirável velho mundo novo.

Gabriel, O Pensador - Até Quando

A Vontade

sexta-feira, novembro 2



Parece que nada vai resolver. Acordo com uma velha agonia, desejo fulminante, vontade aleatória em -la, tocar nas poucas voltas de seu cabelo, beijar seu pescoço liso e fino, vagar por um abraço quente e animador, sentir sua língua doce dissolver em minha boca e viajar por seu corpo. Dizer que o mundo anda tão complicado, mas sua presença apazigua todas sua crueldade e desanimo. Calcular todas as estrelas de todo dia 1º de cada mês. Contar meus sonhos mais vastos e reais, um dia vividos tão juntos na vida na real. Dizer para ela o quanto a amo, apesar de tudo, amo profundamente que nem ódio consegue germinar dentro desse peito escrarificado. E dizer que as lembranças são mais cheias de "queremos mais, mais" do que qualquer outra coisa já feito em outros momentos, fatos e pessoas. É algo que me impulsiona em vestir um roupa, descer na casa dela é falar tudo isso e mais um pouco. Bipartir minha alma para que ela não tenha duvida da sinceridade singela e sem falsas intençoes. Como te admiro, como te adoro, como eu te quero.

Pena algo ser tão platônico e sem ter um fiu de esperanças que alguma coisa vá funcionar. É como gritar, protestar, pedir um piu de ouvido e coração, e ninguém escutar, não dar a menor fagulha de atenção. Como isso dói. Lamentos e lamurias de pouco adiantam quando simplesmente não se está mais dentro de tal. O máximo que conseguiria seria um gota de piedade em iniciar algo que talvez não fosse tão aconcelhavel, como uma amizade. É algo tão chocante que, não é um egoísmo, nem interesse especifico, mas é tela só ao meu lado que realmente me sentiria completo e feliz. Coisa que jamais pudera acontecer, pois sua vida está literalmente em outro mundo, com gente que ela escolheu ser para seu melhor fruto e beneficio. É aquela vontade estupenda em ser aventurar, sem medir consequencias, importando-se apenas com seu Eu.

Haha é cruel quando depende em ser feliz atravez de um alguém. Parece que você só é feliz quando você encontra a tal felicidade ao lado de alguém que você possa voar sem cair. Medir força para que isso nunca venha acontecer é como atender um grande favor sem nunca querer algum retorno. Impossível.

Enquanto isso, me acabo com o que foi sentido, vivido, falado e pressentido. Fico com todas as historias a ser escritas. As aventuras a ser contadas. E ao calor a ser disseminado de dentro para ainda mais dentro. É algo que se expande no mais profundo e virtuoso obscuro e quente tum! tum!

Nessas horas a gente pensa: E se nada tivesse acontecido. Será que estaria melhor? Fez bem ter vivido algo para que me martiriza agora? Melhor viver cheio de lembranças boas e intensas do que nunca ter vivido o que na realidade é bom e intenso.
Obrigado.

Leoni - 50 Receitas

Sentimento Ácido

terça-feira, outubro 30




Uma de amor.

Amor Cítrico

Dor de perdas tão significantes
Vai alem do significado de estrelas brilhantes
Mesmo que não valha tanto
Ainda digo que a amo

Sonhos perdidos por todos os cantos
Caem sobre minha realidade frustrante
Mesmo doendo tanto
Ainda digo que a amo

Foi tão baixa, casta, inconstante
Contradisse toda sua forma de gigante
Mesmo me pisando
Ainda digo que a amo

Pudera ser eu
O deslumbrador de estrelas cadentes
Holocausto das lembranças
Que encanta a cegueira deste
Observador de doces momentos
Incertos, decentes e inconstantes

Viagens sólidas tão distintas
Desistimos por estarem extintas
Mesmo na fossa de um iguinorante
Ainda digo que a amo

Dormindo soubesse que não exista
Perderia os solos da musa esquecida
Mesmo ainda acordando
Ainda digo que a amo

Calor que nem os anjos sentiam
Carbonizou sobre o ácido aquecido
Mesmo esturricando
Ainda digo que a amo

Pudera ser eu o troglodita de asas acesas
Borrador de lembranças
Que engana a gagueira
Desta filósofa das cores do momento
Certas, indecentes e constantes

Mais a realidade que assombra
Os tortos fatos do presente
Futuro encadeia surpresas ofuscantes
Que se encobre sobre as sombras do egocêntrico,
Disfarçado de Ser amante.

Sinceramente, tenho raiva quando leio esse poema. Fico literalmente puto com a incosequencia humana. Raiva misturada com muito sentimento vivo
e saudade dissonante.
Aff, o amor ainda me mata.

O Teatro Mágico - O Anjo Mais Velho

Ondas da Memória



Hoje cheguei em uma amiga aspirante de químico e perguntei:

- Raquel, como faço para apagar algumas memórias?

- Simples. Faça uma lavagem cerebral.

- Uma boa. Mas assim perderia toda minha memória e bem, não é isso o meu propósito.

- Então já era.

O famoso curto, simples e grosso. É do tipo de idéia bem parecida como essas "de onde nós viemos?" ou mesmo "Deus realmente existe?". É do tipo de duvida que temos, mas não é por falta de respostas concretas que assim deixamos em acreditar e de existir, e assim, nem de viver.

Agora, memórias são grandes problemas. Uma hora uma coisa que te prova que existem possibilidades em ser um ser feliz, independentemente de problemas que alí estejam te cercando. Outrora, te mostra que tudo acaba, por mais que se ache eterno, tudo um dia vai, deixando apenas as saudades e a vontade em viver tudo aquilo outra vez. Quando não vem para te relembrar que o mundo é mal, ou que você é ruim.

Lástima horrorosa, mas que se dar para tirar de proveito de uma das filosofias de Nietzsche, que diz basicamente isso: por trás de todo um ápice de felicidade, à um mal horripilante te aguardando. Parece macabro e pessimista, mas parando para analisar a sua própria vida, você sente isso de uma maneira amarga que com o tempo vai se adocicando e assim te serve como lição para o resto da vida.

Parece ser coisa de quem não tem o que pensar. Pode até ser quando não se tem motivos para pensar. Problema que motivos é o que não faltam para as lembranças te corroerem de uma forma subliminar e contínua. As vezes me amaldiçôo, as vezes tenho ódio em ter me adentrado tão bem a alma de alguém, mas são coisas que inevitavelmente, pessoas com uma carga "humanista" a mais estão propensas a sentir.

Sentir o que?
A esperança em coisas mortas e principalmente acreditar na capacidade mutua do ser humano.

Como tudo passa, tudo passará, idéias e crenças vão perdendo sua cor e validade quando ver esforços escorrerem no mesmo ralo dos pecados humanos. É deixar viver, lembrando se enxergar e fazer o que deve ser feito, seguir a trilha que deve ser seguida e manter sua memória acesa à futuras experiências martilizantes ou excitantes.

E o que estar para trás, deixa o tempo levar,
como uma onda no mar.

Lulu Santos - Como Uma Onda

Ferrock: 2º Dia [o dia!]

segunda-feira, outubro 29



Se no primeiro dia o animo não foi a flor da pele, o segundo foi simplesmente recompensador. Quando se existe pessoas para compartilhar os grandes momentos, parece que tudo realça! Foda!

Primeiro assisto algumas aulas no cursinho [domingo, pode? UnB, filho] e de lá vou para o evento. Antes passo em um mercado para compar o tão exigido 1 kg de alimento não-perecível. Tudo bem, 0,67 r$ o sal. Iodo também é importante para as crianças não?

Bem, entro lá no evento, e de cara já encontro a galera. Todos bêbados e cambaleando. Acabei ficando mais tempo com uma outra galera que tava sóbria. Compro meu vinho e começo a curtir o som. Dessa vez o clima parecia estar bem melhor. Não consegui captar nenhuma falha sonora, ou coisa do tipo [possivelmente ja estava sobe o efeito do etanol]. As bandas estavam muito boas. Pirei quando começaram a tocar Barão vermelho e Capital Inicial [Pop's do coração].

Começou a anoitecer e o Metal/HC começou a comer. E ai foi bate-cabeça pra um lado, bate-cabeça pra outro, rodinhas-punk devastando, e os mosh's cada vez mais ativos. Foi uma pura piração. Eryness e Terror Revolucionário foram As Bandas da noite. A primeira é uma banda de gurias [apenas um guri, respectivo guitarra solo] que abalaram com a cabeça da moçada. Tocou covers como Creation e ACDC, mandando vê com um gutural fenomenal, no ritmo aceleradissimo da motor da banda. Terror já foi um HC para literalmente se quebrar em rodinhas-punks. Vocalista parecia a face de cristo com um vocal inigualavel e a baixista destruindo suas 4 cordas metálicas da forma mais punk possivel. No final ainda ganhei sua palheta.

Depois dessas bandas, já estávamos esgotados e cansados, então fomos embora para casa. A pé. Que alias, apesar de longe, não demoramos muito para chegar em nossa devidas residências. Com o rock'n roll na cabeça, ficamos conversamos coisas do tipo e uma suposta apresentação nossa de uma musica do Nirvana, a Smell Like Teen Spirit. Não é minha praia o grounge, mas tou dentro para fazer o faça-você-mesmo.

Domingo muito bem aproveitado. Adorei ter curtido o que queria, da forma que queria, toda essa magia dos showzinhos alternativos. Long Life Rock'n Roll.

Ah, que dor no pescoço.

Terror Revolucionário - Afunda

Ferrock: 1º Dia

domingo, outubro 28



Ferrock é um dos maiores festivais de rock independente do DF. Há 22 anos é organizado em Ceilandia e sempre trazendo o melhor do rock/punk/metal/alternativo da região [e de fora]. E é claro, sempre com ingressos bem acessíveis.

No seu primeiro dia, fui por conta de uma banda de alguns amigos que iriam tocar na metade do festival, o Six Stage. Quando cheguei, estava tocando Boca Preta, 4º banda do festival. Six Stage foi a 3º. Frustrado, já virei alguns copos de vinho barato e fui no estande da banda. Conversei com a galera, todos satisfeitos com a performance, mas o som para a galera estava com um defeito flatulento: hora saia só o baixo, hora só a guitarra. Mas tudo bem, pelo menos animou os poucos elementos que ali estavam, que alias, estavam mais é enchendo a cara de birita.

Bem, para animar tocaram bandas como Elffus e Faces do Caos, respectivamente Hardcore e Punk Rock. Como eu ja estava cheio do etanol nas artérias, entrei para o pogo ["rodinha punk"] e quase ia me jogando para um mosh [se jogar por cima da galera]. O som estava estrondozo, galera estava muito eufórica. Tanto que aconteceram umas 4 brigas durante esses shows. Teve uma hora que um cara, possível organizador, pegou o microfone e começou a fazer um discursso bem indignado com esse tipo de comportamento. "Se faz um show, pregando a paz, não é para comer porrada e sim tocar rock, porra! Vão se fuder esses filhos da puta que estão estragando o evento aqui". Ameaçaram em acabar o festival se rolasse mais brigas desse porte. Acabou que ficou tudo em paz.

Até aí ok, pura alegria e diversão. Problema é que o efeito do vinho acaba, juntamente com o encontro de pessoas indevidas, que literalmente acabou com o meu animo. Uma lastima horrenta, porque no meio daquela euforia e a galera bem happy, eu dei uma esfriada. E ai bateu uns pensamentos amaldiçoados e deprimentes. A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora?
Fiquei muito down e senti uma falta inpreguinavel da minha ex-namorada. Seilá, parece carência, mas aquilo me fez lembrar o festival que a gente se conheceu e curtimos até a ultima gota do que aquela noite nos podia proporcionar. Em horas como aquelas, era para mim estar curtindo todo aquele clima sentindo o calor dela. Vendo o cabelo dela bater-cabeça. Dançando, gritando, cantando, amando. Ô besteira.

O que animou algo foi uma banda Jurassica de Rock'n Roll bem Rolling Stones, o Made In Brazil. Uma mistura perfeita do Rock dos anos 80, que tem uma essência muito forte do Blues, e uma balada pesada pra ver a galera mais metal/hc bater cabeça. O Clímax da coisa foi na música A Minha Vida É Rock'n Roll. Subiram umas 6 gurias que começaram a dançar, bem com aquele estilo anos 70 mesmo. Foi o show!!!

Festival encerrou meia-noite e pouco, e assim fui no camarim dos caras pra ver se conseguia uma camisa, ou um booton. Mas os véios ainda querem ganhar dinheiro. 17 r$ cada album, 15 r$ a camisa. E um dos guitarristas da banda ainda achou ruim quando me impressionei com o preço.

- Oi, quanto tá os albuns?

-17 r$, cada.

- cara, 17 r$?

- Ô garoto, queria que estivesse por quanto? Vai na loja pra ver o preço.

- É, realmente. Quando chegar em casa eu baixo da Internet.

Contra burguês, baixe mp3.
O Problema é como chegaria em casa.

Encontrei alguns meliantes que estavam indo para o Psul, fui com eles. O detalhe é que o ultimo descia na primeira entre-quadra. Já eu moro na terceira. E as 3 da manhã não seria muito recomendável andar pelas ruas, sozinho. Bom que para aquele horário estava tudo muito movimentado. Carros abertos com som pra meio mundo ouvir. Se ao menos fosse algo digno o musical. Funk, axé, trance, coisas que para uma madrugada, onde todos [ou quase todos] querem dormir, ou ao menos uma paz, não seria muito interessante.

Enfim, cheguei em casa. Dormi na garagem, em uma cadeirinha esparguete e por sorte minha mãe estava acordada e entrei dentro do meu dormitório.

Aiai, quem dera se minha vida fosse um Rock'n Roll.

Garotos Podres - Anarquia Oi!

No Onibus Para Casa

quinta-feira, outubro 25



Tempinho que não atualizo meu beco nas zonas sombrias da internet. Tudo bem, vida de estudante nem sempre é só Secho, Cachaça e Punk'n Roll. Tem suas tristes particularidades como responsabilidade e o medo de reprovar que me assola feito uma praga.

Agora o que atordoa mesmo são os malditos problemas pessoais. Hoje no onibus foi algo assim, inédito e sem precedentes. Depois do Alub, pego meu onibus após uma curta espera [milagre!]. Quando eu entro está uma amiga em pé, começamos a conversar e assim o tempo passa. Derrepente, vejo algumas pessoas em comum mas tento não me importar e sim se concentrar na conversa, que alias, estava bem agradável. Derrepente, a menina senta, e logo após, sento ao lado, mas obsoleto para uma conversa. E o tempo passa, passa. Então chega uma hora que me vi cercado de predadoras em um mesmo veiculo de transporte. Olha que grave, em um mesmo local está uma prima de uma ex-namorada, uma amiga [ou ex] irmã de uma grande ex-amiga e uma uma ex-namorada [que alias, me jogou um belo foda-se no colégio]. E o grande detalhe da historia: Todas não falam comigo [ódio, rancor e vaidade].
Cena apavorante essa! Tentei me mantar da forma mais natural possível, mas uma estava na minha frente, outra do lado e outra atrás, me vi em um circulo de energia negativa assustador!

Fico imaginando o que cada um devia estar pensando. Essa prima de uma ex-namorada devia estar neutra só com aquela coisa na cabeça "toda semana tenho que encontrar esse mané aqui, aff". A amiga [ex, seilá], devia estar com coisas na cachola tipo "que fdp, idiota, se vim falar comigo vou lhe dar uma tirada violenta". Já a ex-namorada [recente] devia pensar "porra, que onibus eu vim pegar, só me fodo mesmo".

Com esse total circulo de fuck sick, melhor é procurar um lugar nos últimos bancos e tentar seguir a rotina viagem para a casa. E assim cada um foi descendo e tomando suas vidas ao vento.
O que mais me impressionou nesse episódio é que cada uma poderia ter motivos enormes á me odiar, cuspir ou mesmo não se quer me dar alguma ideia. Problema é que motivos banais e erros iguinoraveis foram motivos para os cortes de qualquer laço de amabilidade.

Disso a gente resume tudo em uma só ideia: Tolerância é um dom para poucos. Nem sempre nossas atitudes relevantes são adotadas por aqueles que são favorecidos.

A vida é cruel. Talvez se a crueldade estivece reinando em minhas vêias, concerteza, as moças e uma legião de pessoas teriam bons motivos para adoçarem seu ódio, rancor e vaidade.

Leoni - Fotografia

Outra Lêndia

domingo, outubro 21



Outra pérola feita por algum zé-graça do primário.
Ok que essa é uma imagem nitidamente feita no Paint [ainda existem coisas nítidas que são feitas do Paint], mas é uma bela reprodução do que os aspirantes de Chico Anísio estão fazendo por aí.

Lembro bem que na 7ª Série estudei com um elemento que fez uma arte dessa. Moleque era o filho do cão. Daqueles que quase todos os dias ia parar na coordenação porque encheu o saco de alguém, xingou a mãe de outro, falou que iria delicadamente apalpar a professora. Que lêndia.
Enquanto isso, eu e minha inoscencia brincava-mos de Pokemon e Dragon Ball com futuros crânios e vagabundos.

Enfim, coisa boba de criança danada [pareci até minha falando].

Adriana Calcanhoto - Fico Assim Sem Você




Mal Humano



Dias difíceis estes. Parece que ninguém tem pena do chato. Até porque ninguém tem pena de ninguém.
Quem tem pena do pobre que pede pra olhar teu carro em troca de moedas?
Vai trabalhar pra ganhar o que preste, vagabundo!
Ou mesmo das criancinhas órfãs, sem alguém maior pra chamar de pai?
Azar é seu!

Depois de uma madrugada interligada em programas tipo Altas Horas e Family Guy, tomando copos de chocolate em pó e terminando de escrever uma música, não acordei da forma mais agradável possível. O clima era totalmente favorável a uma dormida agradável, conformável e relutante de incomodos. Porém, não foi bem esta manha que me gratificou. Abri os olhos com uma mal-estar horrível, pensamentos canabalisticos horrorosos e medo em passar o dia com a minha própria mente me consumindo.

É estranho. Nessas horas, por pensar demais, prefere-se não pensar demais. Como o que eu já ouvi nesses dias: "não vale a pena apertar na tecla que está estragada. É literalmente se livrar daquilo, não depender daquilo para o seu progresso". Quem me dera se pessoas fossem teclados. Assim, logo se irritaria com aquela tecla incomoda e se livraria daquilo sem a mínima dó. Mas imagine a cena: o próprio teclado jogando fora seu dono! Que viajem! Por isso essa comparação com o teclado não faz tanto sentido.

Mesmo com tudo, as pessoas se livram uma das outras. Seja sacaneando elas, usurpando-as, aproveitando-as, usando-as ao seu bel-prazer e conforto. Nessas horas a dó não é valida para nada. Mais sentir dó do miserável depois que ele peca contra o outro, principalmente se o tal se debulhar em lágrimas, é algo que mecha com o coração de qualquer impiedoso. E vai na igreja pedir perdão a Deus. Ou pior, acha que vai ficar tudo o.k após.

É indiguinante certas imperfeições que qualquer humano está sujeito a fazer. Todos nós erramos, pecamos, fizemos alguém de palhaço. Assim como todos nós sofremos algo do tipo. Agora, usar tais desculpas para deliberadamente fazer como seu bem intender, sem uma visão do holocausto que causará, faz com que esse ciclo de tudo que é feito de ruim ao próximo se alastre.

Temas bobos e que não levam ao melhor e mais agradável lugar possível, mas vale a pena pensar. Enquanto isso vamos assistir as desgraças que se assolam no mundão a fora.

Talvez precise beber um vinho barato.

Cazuza - Cobaias de Deus

Salve América

sábado, outubro 20




Se eu fosse um professor de história norte-americano, com certeza usaria este "mapa-mundi" para ensinar aqueles que seriam o futuro da nação a nunca deixar seu patriotismo de lado [não só depois das olimpíadas] e defende-lo da forma mais agressiva e repressora possível.
.
Porquê?
Hora porque, está faltando as aulas de história aqui no seu país?
Passamos semestres estudando a historia Americana. Como conseguiu se livrar da sua metrópole Inglesa. A inteligência em industrializar uma parte do território e outra continuar agrícola. O aumento de suas expanssoes territoriais. A interferências no decorrer do mundo. As bombas lançados aos japoneses. A exuberância de Nação como A potencia mundial.
Enfim, coisas que só quem lembra é quem gosta de historia. Caso contrario, é um caso que muitos comemoram por livrar-se.
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Agora falar da historia do Brasil.
Uhmn, meio complicado. Não temos tantas glorias assim a catalogar. Nem conquistas honrosas a comemorar [e a Independencia? Abolição da escravidão? Vide seu livro de História do Brasil]. É chato citar coisas que só diminuem a auto-estima da Nação. Ao menos entre tantas coisas que não colecionamos, se enquadra as guerras, os pit-fis economicos, catástrofes naturais, interferências de outros [nossos amigos lá de cima].
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Bem, melhor mesmo é reunir a galera, bate aquela bolinha e torcer para o Brasil ser hexacampeão! E claro, se divertir com mulatas do carnaval [mesmo assim, prefiro curtir um som no Carnarock].
,~ver as mulatas
Dos filhos deste solo és mãe gentil
,Pátria amada,
Brasil! Brasil!
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Green Day - American Idiot

Piedade, Mundo

sexta-feira, outubro 19



Existem coisas que você escreve que na hora da composição, não parece ser nada demais, parece estar mal rimado, ou mesmo mal traduzido. Coisas que alimentam a vontade de fazer e em seguida, guarda-los, risca-los, rasga-los.

Quando se pega tais obras depois de um tempo, vimos a condição que a sua própria mente estava pra conseguir deduzir vontades e pensamentos tão íntimos e profundos que não conseguiam ao menos serem expelidos dos tecidos do corpo, e de uma maneira natural serem passados da mente ao papel.

Os versos a seguir é do tipo de filosofia que ronda após consecutivos casos sociais inexplicáveis. Há de entender quem já os traduziu.

Clemencia

Porque tanta gente anda doente
Dormente estão essas mentes
Loucas por um golpe fatal
Prefiro HIV do que morte cerebral.

Compaixão com os outros foi totalmente esquecida
Holocausto da gente enfraquecida
Pra eles,
Coração não mais se pesa em uma balança
E sim,
Na ponta afiada de uma lança.

A lição que se aprende do passado
Se desprende do que foi calado
Tentei queimar tudo com chamas rasas
Mas suas cinzas construiram minha nova casa.

Sinto dores retardadas
Lentamente, todas fotografadas
O mundo está perdendo a cor
Ah! Como gostaria de ser um beija-flor.

Interpol - Pioneer to the Falls

Valor do Perdão



Basta alguns dias para você sentir que um dia faz toda a diferença. Diferença que gera até uma marca impressionante da sua capacidade de conciliar razão e emoção de uma forma impressionante!

Admito que tenho atitudes muito heróicas a causas tão profundas e de interesse mutuo, não somente da minha individualidade. Alias, individualidade é a palavra que quebra qualquer vinculo de um mais um é melhor que dois. E quando isso ocorre, você se ver em um mundo tão apagado, sabe? Uma sensação de impotência e incapacidade de fazer algo que um alguém reconheça que foi de esforço próprio em prol à algo.

Quebrar as correntes do orgulho é um exemplo clássico em abandonar os seus motivos abrasados com o tempo e a vontade de ter um conforto próprio enquanto o outro alguém pode estar na berlinda da consciência. Aliviar uma alma de algum pecado parece tarefa de padre ou mesmo de Deus [ou de deuses] que não exige apaziguar sua alma. Agora quando se trata de pecados feitos contra ti, por pessoas que você nunca imaginou, e depois se vê na necessidade de quebrar tais correntes. Bem, creio que até padres ou mesmo deuses duvidariam se valesse a pena perdoar tal criatura.

Errar é humano.
Perdoar ... é divino!

Problema é atingir tal estagio celeste para depois se ver decair no inferno das decepções e amarguras por perdoar e vê os erros se repetirem com a mesma cegueira e impiedade.


Não é atoa que é tão difícil perdoar. E tão difícil ver seu perdão jogado no ar.


Engenheiros do Hawaí - Dom Quixote

A Caminhada

segunda-feira, outubro 15



De lua. Termo usado por muitos para descreverem suas mudanças de estado emocional. Uma hora uma pura alegria, perspectivas jubilantes, sonhos subliminares e uma força de vontade magnifica. Tudo pronto para enfrentar todos os desafios, ultrapassar mil barreiras e vencer por um único ideal: o da sua satisfação. Problema é quando bate o outro lado da moeda. Todos seus sonhos parecem ter sido descolonizados, suas vontades apagadas, seus medos ressuscitados e sua vontade em vencer dilacerada.

Isso gera uma confusão psicologia magnifica, porque te deixa entre a vontade de fugir e o medo de ficar. Assim, nada anda. Tudo pára. Da mesma forma que tudo passa.

E essa espera te consome tempo, te alimentando só do desperdício e de incapacidade por não correr atrás dos seus objetivos.

Parece papo de depressivo? Talvez.
Não estou triste, agora. Problema que quem te força a pensar mais o "como estou vivendo" é a tua própria realidade. Uma hora difusa ao estado bem de espírito, outra hora adentrada aos piores males do ser humano.

Entender melhor isso é o mesmo que filmar seus últimos 30 dias para, em um dia final de semana, você passar suas horas vendo suas horas ganhas e perdidas. E dependendo do filme, tais horas assistidas possam ser uma motivação a mais em caminhar, ou mesmo em desistir de tudo.

Mas como desistir de tudo e querer viver ao mesmo tempo?
Não é atoa que a bíblia condena os suicídas.

Lulu Santos - Certas Coisas