Acorde

sábado, maio 17



Sabe naquelas manhas em que se acorda com uma vontade de retornar a sonhos mais utópicos [sem pleonasmo] e abstrato por realidades tão difusas, mas tão coloridas?
Um amor.
Ruim é quando se acorda.
Acorda com dores no peito que vão além de suspeitas de taquicardia. Uma dor que dilacera a espinha, corroi teus peitos e te deixa em estado de "é matar ou morrer!".
O horror da realidade difusa seria apenas o desejo a retornar o que não se sente. Talvez injetando uma dose de autismo no sangue, deixaria em estado de analgesia os sentidos mais simples da vida.
Canalizar os sentidos do seu dia-a-dia. Canalizar. Essa é a maldição mais cuspida e pisada que qualquer infeliz julga por ser fútil e infeliz.

O mundo é imundo.
E logo vemos que o pesadelos reinam por aqui ...

Denovo!

domingo, março 23



Wow!
Quanto tempo eu não piso aqui [quer dizer, não ponho os dedos aqui o.O].
Trabalhando? 24 hrs estudando? Preso? ... morto?
Ãaa ... não.

Nenhuma dessas alternativas mesmo. Recapitulando minha falta de vontade de postar algumas coisas do meu infinito particular foram duas. A primeira, com certeza, foi por conta do tempo vago que estava me dedicando a banda - tanto em questões de organização, quanto na questão das composições, busca de shows, esse blá-blá que se alguém não fizer a banda não anda. Alias, ela desandou mesmo com isso, mas isso é oooutra história. Como houve alguns fatos que me fizeram rever algumas coisas, eu voltei com algo que, com uma sinceridade forte, me faz bem. Escrever. Expor um pouco da sua existência na gigantesca"feira da rede mundial de computadores" te faz ao menos ser um grão no olho do furação. O mesmo grão que pode afetar alguém, ou indiretamente muitos [wow, o.O]. O segundo motivo é que , noss, o template tava muito enjoado. Ah, não aguentava mais abrir meu blog e aquele template escroto alí, do mesmo jeito, sem sal. E aí que lhe dei uma modificada drástica, e agora pouco terminei de esculpi-lo.

Agora assim, com mentes e corpo o.k. irei postar os meus ocos, toscos, loucos e entre outros pensamentos meus por aqui.

Um abraço!

ps: Esse é do tipo de post chato pra comentar. Um bem-vindo tá ótimo!
^^

Post??

quarta-feira, fevereiro 6



Juro!
Amanha eu posto!

^^

Banda tá me ocupando pacas.
Mas quer saber? Tô adorando!!!

Quem sabe isso não queira dizer ventos favoraveis ao meu lado?
Tomara.

Em casa ... ufa!

quinta-feira, janeiro 31



Hoho!
Finalmente o primeiro post do ano!
E olhe,
no dia do meu simplório aniversário.

Ja fiz uma mini-comemoração com a banda. Tocamos um "Feliz aniversário, envelheço na cidade! feliz aniversário, envelheço na cidade". Ja comi meu bolo enorme - uma empada com uma velinha. Estou recebendo milhares de recados no orkut [ûuu, pop]. Agora preciso ir na Junta Militar fazer o meu exercicio de Cidadão - Fazer o meu alistamento militar. Aff, que perda de tempo.

Enfim,
o bom é que estou em Bsb, respirando um ar seco e gélido e curtindo musica boa [nem me venham com sertanejo, baião, forró, e outras sub-categorias dos gêneros citados]. Depois de passar 34 dias fora, o lar e o ambiente parece até estar mais alegre e mudado, seilá.

Nos proximos posts, contarei o muito dessa viagem. Aliás, ter o que contar é o que nã falta. Até porque, semanas plantados na rola do agreste nordestino merecia no minimo uma coluna a cada 3 dias de um jornal agrário.

Bye.

Ponteiro Atrasado

terça-feira, dezembro 25




Introspecção

Um rosto que pelo olhar
dizia vamos andar
Um Agora que me fez gostar
de reconstruir e me adaptar

Soros e marcações
Selaram minhas intenções
Destroços de canções
São restos de maldiçoes

Os laços do acaso
Adoçaram a grande união
Congelou aquele "abraço"
Desmoronou com gritos de não.

Passado é foda.
HD cheio de coisas dele, também.
Hou, hou
Feliz Natal a todos.
.
"Sei que ela terminou
O que eu não comecei"
.
Legião Urbana - Ainda é Cedo

Enlou-cresça

sábado, dezembro 22



Agora pouco estava revirando uns arquivos de bloco de notas e achei um texto que guardei há meses atrás. Um tempo de um auge de felicidade, no mínimo, monumental! E ainda mais quando o texto, me encontrei em cada expressão, em cada significado e lealdade com algo tão sincero.

Engraçado que o autor de tal obra é de um cidadão que vive a fazer críticas [ciências políticas nem sempre é um bom curso], o indignado do Jornal da Globo, Arnaldo Jabor. Mas, o Jabor falando de amor? É, para você ver que nem só de xingar o sistema vive o homem ...
e nem, é claro, só de amor.

Namorado: ter ou não, é uma questão

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. difícil porque namorado de verdade é muito raro. necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, envolvimento, até paixão é fácil, mas namorado mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: Basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduiche de padaria ou drible no trabalho.

Não tem namorado quem acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinicius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhar quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'agua, show do Milton Nascimento, bosque enluarado, ruas de sonhos ou musicais da metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de o seu bem ser paquerado.

Não tem namorado quem ama sem gostar, quem gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar.

Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim-de-semana, na madrugada ou no meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações;

Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a roupa mais leve e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fadas. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.

Enlou-cresça.

Cresça ou enlouqueça.

"E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Porque nada era em vão"

Cachorro Grande - Sinceramente

O Rock Acabou

quarta-feira, dezembro 19



Esses dias estava pensando ...

Como consegui deixar cair no barril do esquecimentos de não mais masoquisar-me com algo tão real, longinguo e abstrato? Em poucas palavras, como não mais me martilizo por uma pessoa que não estar mais comigo? As vezes acho que foi por que realmente, o conto todo não foi amor. Algo que pensamos naqueles momentos em que achamos que conseguimos viver a sós. Que somos donos do nosso próprio baú da felicidade.

Mas logo algo nos lembra de que existe ainda algo naquele meio tão obscuro e insensato que são os nossos verdadeiros sentimentos. Seja por uma música, uma foto, ou uma repentina doce lembrança, tudo mostra que aquilo não foi só um devaneio-sem-graça. Mostra uma coisinha que cada vez se sente menos, pois justamente, não é procurado sentir. Sabe, a coisa carnal não deixa. Essa mesma que sentimos quando estamos com fome, com sede.

Bem, mas essa de falar coisas de amores é chato, ainda mais pra quem lê. O resumo do post vem naquele instante em que digo:
Deletei as fotos que restavam da mais delicada e exagerada lembrança. Bem, aquilo era um poço de nostalgia, nossa!

Arrepender-se de algo? jamais.
Nem do que não fiz. Talvez se não fosse desse jeito, se as coisas não tivessem andado por esse lado, não teriam sido tão sinceras e verdadeiras assim. Como ela jamais vai encontrar em outrem. Afinal, quem hoje em dia quer expor seu lado mais bruto e frágil a alguém? O mundo é hostil.

Hoje me sinto livre. Já consigo gostar, ficar com prazer, dizer coisas que quero, fazer coisas que quero. Algo que se fosse algum tempo atrás poderia até fazer, mas não com tanta vontade e desejo assim.

Mesmo assim,
aquela coisinha ainda fica. Essa mesma que se manifesta como inspiração pra um texto, para uma música, uma nova experiência, uma vontade de viver. E saber que nem tudo é para sempre. Então, eternizemos os grandes momentos.

Hehe, chega ser irrisório um guri dizer isso, mas pior é ser um canibal tosco que nunca sentiu o bom do amor.

"Eu corro contra a luz
Eu fujo sem entender
Vencer para que?
Ser e esquecer"

Moptop - O Rock Acabou