O Invasor

terça-feira, novembro 20



Agora a noite aconteceu algo no mínimo inusitado, na qual vemos o quão damos valor a nossas vidas e as alheias. Ou não.

Estava aqui no quarto dos meus pais esperando a moçada liberar o PC [é, aqui usa-se a política do espera-a-sua-vez], observando o lado de fora da janela. Quando derrepente, observo um movimento estanho do lado de fora, daqueles que você se pergunta "Ué, quem está ali fora?". Bastou os pensamentos falarem pela minha boca que houve um pasme geral e um temor estampado na cara de todos os residentes. Não costumam me dar atenção em nada, mas dessa vez todos olharam para mim e pediram para repetir e dar a certeza do que vi. Em poucos minutos estavam todos prontos para um confronto direto com o suposto invasor [seja lá se for gente que não tem o que fazer, ou um espírito bardo] com facas, chaves-de-fenda, cabos de vassoura, garrafas de vidro e a coragem forçada em não querer ser surpreendido de madrugada. Não deixando de lado a preocupação com os demais "soldados" dessa missão de defesa a propriedade privada. Nisso, o medo de algo acontecer parecia pairar no ar de uma forma funebre e angustiante. Observar foi um prazer um pouco escorrido, desalhinado, mas o suficiente pra saber que estava achando o caso bem "radial".

O que encontramos?

Um clima doce e agradável para passar horas a fiu praticando atividades ao ar livre, com direto a uma brisa agitada [quando se mora no cerrado, essas coisas são pepitas de ouro do bem-estar]. E claro, sacolas plásticas parada todos os lados. Nada mais.

E o invasor?

Bem, nada mais seria que a vontade de emoções em uma terça-feira muito louca.

[sadismo.]

Em horas como essas é que nos defrontamos com o medo de esvairir nossas vidas. Mesmo assim, arrisca-se todas as moedas nela. E seja lá o que venha, será em prol a uma superação na qual confrontamos em tantos mil casos e acasos. E nem sempre a coragem vem para defender o que temos de mais valioso: o vivo bem estar em estar vivo.

"Às vezes tenho medo
Às vezes sinto minha mão
Presa pelo ar
E quando eu olho em volta
Encontro uma multidão
Presa pelo ar.
Te dão a mão
Só pra emprurrar"

Cólera - Medo

3 Tragadas:

Mano Guardanapo disse...

Faz parte isso..

Eu também vivo tendo essas sensações...

É estranho não é?

Abraços

http://manosguardanapo.blogspot.com

Juliana Farias disse...

hahahaha... mininu levadu vc ein??/
qrendo dá susto nos outros!
hahahaha


=/

[eu tenho medo, pô!]

- insideabreak disse...

eu gostei da forma que você escreveu que sua impressão não passou de "manifestações da natureza" hehe
boa semana!